Boro - Espécies Químicas em Solução Aquosa

 

Boro - Espécies Químicas em Solução Aquosa

Introdução 

   A química do boro é bastante complexa, mas usualmente lembra-se da exceção da Regra do Octeto, uma vez que sua distribuição eletrônica é $ 1s^2 2s^2 2p^1$. Dessa maneira, pela Teoria de Valência de Pauling, haverão três hibridos sp, e assim, pela Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos dos níveis de valência (VSPER, de Sidwick-Power and Gillespie-Nyholm)$^{[1]}$, formando um trigonal plano. É interessante observar que o ácido bórico apresenta essa estrutura no estado gasoso (Figura 1).

                                                 


        Figura 1 : Molécula do ácido bórico no estado gasoso. (Imagem gerada no ACD/ChemSketch)

  

Solução Aquosa  

    Pela Teoria de Valência de Lewis, o ácido bórico pode ser classificado como um ácido de Lewis, exatamente por não ter o nível de valência preenchido, ou seja, mesmo com as ligações com o Oxigênio, ficam apenas 6 elétrons ao redor do átomo do boro e dessa maneira, em solução, pode sofrer um ataque de uma molécula de água, que é um ótimo nucleófilo (pela nomenclatura de Ingold, ou uma base de Lewis).

 $H_3BO_{3(s)} + H_2O_{(l)} \rightarrow H_3BO_3.H_2O_{(aq)}$


     O ácido bórico hidratado (e solvatado, uma vez que está em solução), dissocia-se parcialmente$^{[2]}$.

 $B(OH)_3.H_2O_{(aq)} \rightleftharpoons B(OH)_{4(aq)}^-  +H^+_{aq}$         pKa 9,24

    Seu diagrama de distribuição de espécies do seu Sistema Ácido-Base de Bronsted é apresentado na Figura 2A. É igual ao do sistema amônio, pois o pKa é o mesmo. As curvas de cargas efetivas, entretanto, são contrárias (Figura 2B).

     
Figura 2 - Equilíbrio do Sistema ácido-base de Bronsted do Borato. (A) Diagrama de Distribuição 
                de Espécies; (B) carga efetiva em função do pH


 Observe que o borato, em solução aquosa, é o íon $B(OH)_{4(aq)}^-$ e não o metaborato (${BO_2}^{-}$), que só existe no estado sólido, tal como o metaborato de sódio ($ NaBO_2(s) $)

 Por definição, o prefixo 'meta' se refere a um composto que "perdeu" uma molécula de água. Assim, é algo estranho isso ocorrer em solução aquosa. Essa perda de água ocorre no processo de cristalização ou como aquecimento do sólido.


O boro pode ser complexado por polióis, principalmente manitol. 


O bórax

      O Bórax  ou tetraborato de sódio decahidratado, é o sólido $ Na_2B_2O_7.10H_2O(s) $. É um composto muito comum nos Estados Unidos e usado como agente eficiente de limpeza. Sua ação como retardante de chamas para materiais celulósicos é bastante importante também.

        É também chamado de piroborato, ou seja, o resultado da eliminação de duas moléculas de águas de dois boratos. O ácido bórico e o borato em solução aquosa são, por consequência chamados de ortoboratos.

        O bórax é um padrão primário em Química Analítica, ou seja, o composto puro (padrão pA) tem diversas características que permitem que o seu número de mols seja diretamente relacionado com a sua massa. É usado principalmente para a padronização de ácidos. Para tanto, é necessário que ele seja mantido em atmosfera isenta de umidade (em um dessecador com sílica-gel). Em 102°C ocorre um processo endotérmico com a perda de 1,5 mol de água por mol de bórax, tornando-o inadequado para uso como padrão primário. $^{[4]}$

$Na_2B_2O_7.10H_2O_{(s)}  \rightarrow 2Na^+_{(aq)} + 4 B(OH)_3.H_2O_{(aq)} + 2OH^-_{(aq)} + 2H_2O_{(l)}$

        Uma característica muito importante do boráx é que ele é um auto-tampão, ou seja, o seu pH é bem definido no meio de um faixa de pH tamponada (pH igual a 9,24, pKa do sistema borato). Por essa razão, é usado como padrão de pH para calibração de pHmetros conectados a eletrodos de pH (o pHmetro pode ser conectados a outros tipos de eletrodos).


Na Figura 3 é apresentado a função tamponante do bórax em algumas concentrações.$^{[5]}


        Os relatos da existência da espécie $B_4O_5{(HO)_2}^{2-}_{(aq)}$, resultado da hidratação do bórax, assim como outros poliboratos aumenta como o aumento da concentração e da temperatura (fração no equilíbrio aumenta de 0,2 (a 0,1 mol/L) e estabiliza em 0,6 (a 2,5 mol/L), em detrimento da fração de equilíbrio do ácido bórico, mas paradoxalmente, não para o borato. 


Solubilidade em água

     A solubilidade intrínseca do ácido bórico ($s_o$) é igual a 0,7925 mol/kg (com entropia padrão  $\Delta S^o ~0,47 J/(mol K)$ e entalpia $\Delta H^o ~0,141 kJ/mol$. Esses valores foram calculados a partir da da solubilidade intrínseca a 20 °C e 80 °C.

        O bórax também é bastante solúvel em água, 0,152 mol/L  a 25°C (58 g/kg)

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[1] R.J.Gillespie,R.J. & Nyholm,R.S., Quart.Rev. 11, 339 (1957)

[2]lembrando, como sempre que $H^+_{aq}$ representa todos hidratos de prótons (Hidrônio, Eigen íon, Zundel íon, etc.)

[3] Waclawska, Thermal Decomposition of Borax (1995)

[4] Oliveira, A.F.  Buffering Function: a General Approach for Buffer Behavior (2020)


[2]Zhou et al. , Structure of Aqueous Lithium Tetraborate Solution J. Clust. Sci. (2016) 27:1131–1145; Tsuyumoto et al. Preparation of highly concentrated aqueous solution of sodium borate  Inorganic Chemistry Communications 10 (2007) 20–22.


Semântica e outras bobagens imprescindíveis à Química. Parte II – O número de mol e a quantidade de substância.


Semântica e outras bobagens imprescindíveis
Parte II – O número de mol e a quantidade de substância.
                A IUPAC é uma organização, como diversas outras (ISO, IUPAP, etc.) que tentam harmonizar e unificar as expressões para facilitar a comunicação científica.  E está em constante modificação, pois novos fenômenos são descobertos, novas teorias propostas e novos termos são criados. Além, é claro de diferenças entre os termos utilizados, que antes sinônimos,
                Isso porque, a IUPAC recomenda (e não impõe) o uso de alguns termos em detrimentos de outros.  Na grande maioria dos casos, é aceito por uma ampla maioria, mas em alguns casos, um ou outro termo não é aceito e nesse caso, torna-se obsoleto ou um termo equivalente é mantido “informalmente”.

A discussão propriamente dita:
A IUPAC (no Brasil) tem recomendado o termo “quantidade de matéria”, não me parece uma tradução adequada para o termo “amount of substance”, sob o ponto de vista do que conceitualmente compreendemos sobre a grandeza  cujo nome está em discussão (número de mols ou quantidade de substância – ou de matéria).
O termo “amount”, segundo o Cambrigde Dictionnary
 “a collection or mass, especially of something that cannot be counted”
 Isso porque, o termo “quantidade” em português brasileiro tem um significado mais amplo do que “amount”. Segundo o dicionário Houssais, 
quantidade: qualidade do que é suscetível de ser medido ou contado (negrito meu).  
               
Assim, expressa bem a ampla variedade de interpretações que “quantidade” tem na língua portuguesa, pois inclui massa, volume, área, comprimento, etc. Inclui também o “número de mols” (ou quantidade de substância).
Em português, é totalmente compreensível as perguntas: “Quantos mols de ___ existem naquele volume de solução?” ou "Qual o número de mols ...?"


                Em português, o termo mais próximo do inglês “amount” talvez seja “número” ou quem sabe “contagem”. Novamente segundo Houssais:
1. ato de contar
2. soma ou cômputo que se obtém

4. processo que consiste em determinar o número de elementos de um conjunto
…”

                Por essa razão, mantenho o termo número de mols e em alguns lugares é lembrado que é uma alternativa ao termo da IUPAC brasileira, quantidade de substância (ou de matéria)
(no sentido da IUPAC brasileira, deveríamos mudar o termo ‘Número de Avogadro’ para  ‘Quantidade de Avogadro’).
Sobre usar o termo “substância” ou “matéria” ao invés do nome da própria grandeza, acho um argumento adequado. O problema, como já frisado é o uso do termo “quantidade”

E felizmente, segunda a IUPAC, no Green Book, definição de mol IUPAC:  https://iupac.org/project/2013-048-1-100 a possibilidade do termo "número de mol" não é descartada.

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Semântica e outras bobagens imprescindíveis à Química Parte I


Semântica e outras bobagens imprescindíveis. Parte I 

Não é incomum ouvir graduandos (e até pós-graduandos) reclamando sobre aquela discussão entre professores se o termo correto é “número de mols” ou “quantidade de substância”, ou se outro professor ficou perguntando ao aluno se “íon” era “molécula” ou não? (“ora, é um ‘trem’ qualquer”). Outro ainda, se diz preocupado com a ‘semântica’ (seja lá o que isso for?).
Como não os compreender? “Para que toda essa bobagem”? “São filigranas ou mesmo a eterna procura ‘de pêlo em ovo’”?
                Quando começamos a entender a ciência, conhecemos menos fenômenos, conceitos, etc.  do que termos, de maneira que podemos ter vários sinônimos para cada fenômeno.  Lembre-se ensino médio (ou de antes) quando “peso” e “massa” eram sinônimos. Ao compreender o conceito de força e força da gravidade, não fez mais sentido usar peso e massa como sinônimos.  Ou quando notou que “grama” era um termo para a unidade de massa e para a plantinha que cobre o gramado. O artigo foi usado para distinguir ambos: “o grama” é uma unidade e ”a grama”,  o vegetal.
Seguindo o mesmo raciocínio, usualmente o problema sobre usar um ou outro termo começa a surgir para o pesquisador quando ele começa a querer explicar novos fenômenos, teorias, um comportamento obtido experimentalmente, apresentar uma ideia nova, etc., ou mesmo ao tentar entender o que outros estão explicando e observar que dois termos estão sendo usados para um mesmo fenômeno ou um termo para mais que um fenômeno. Ou seja, a preocupação com a semântica surge porque parece que começam a faltar palavras para descrever o mundo.
Para entender importância da semântica, pode se começar definindo melhor esse termo, e assim, seguem algumas definições segundo o Dicionário Houssais
ciência que estuda a evolução do significado das palavras e de outros símbolos que servem à comunicação humana’
‘num sistema linguístico, o componente do sentido das palavras e da interpretação das sentenças e dos enunciados’
Se os termos não têm significados muito exatos, torna difícil compreender o que um dado autor diz que “todas as moléculas …”. E o que é molécula? Essa definição inclui “íons”? Se incluir, então a frase do autor inclui também os íons, mas se a definição de molécula não incluir os íons, então a conclusão do autor pode não ser verdade para íons. Quanto mais confiamos na definição exata de um termo, sua “definição”, mas simples e compreensível o mundo.
Esses exemplos previamente apresentados mostram como gradualmente surge a necessidade de compreender o sentido exato das palavras. No caso do autor do exemplo sobre moléculas e íons, se ele usou uma definição errada de molécula, todo raciocínio dele é perdido, pois não tem o “alcance” desejado (no sentido de uma generalização ampla de um conceito). E para ele escrever, ele começa a observar a diferença entre dizer uma palavra ou outra.
E, se duas pessoas utilizam a mesma palavra com sentidos distintos, a comunicação entre eles começa a ser difícil. Veja, por exemplo, a palavra “mandioca”, que para muitos significa apenas um tubérculo rico em amido, mas para outros, significa um tubérculo venenoso, (principalmente em algumas regiões do nordeste do Brasil).  São dois sentidos opostos para a mesma palavra. O diálogo entre os dois poderá ter consequências trágicas se não identificarem a tempo a diferença no sentido dessa palavra para cada um.
E a química, principalmente por razões históricas, é rica em exemplos desse tipo. Mas eliminá-los, na área de química, é um desafio hercúleo e muito distante do seu fim. Isso por várias razões: propagação do conhecimento (e dos erros) e diferença de opiniões são duas razões muito fortes, ou por não haver um termo melhor, ou por estamos tão acostumados com o termo que é difícil parar de usá-lo. Às vezes, mesmo sendo um consenso que um termo é inadequado, ainda é usado por todos e dificilmente será modificado. Um exemplo é a “força iônica” de uma solução. A força iônica é um parâmetro de difícil explicação física, com dimensão de concentração e fortemente vinculado aos coeficientes de atividade. Mas não há nada nesse parâmetro relacionado com força, no sentido da Física, mas mesmo assim, ele se mantém.
Mas pensar neles, ajuda a, gradualmente, diminuir esses termos.
Lembrando que a Química (considerando a ciência que estuda as relações entre elementos químicos, suas transformações e aplicações) teve um desenvolvimento histórico muito caótico, se comparado com a Física, por exemplo. Antes do séc XVIII, haviam várias áreas (indústrias bélicas, vinícolas, metalúrgicas, etc.) que utilizaram processos químicos e que, gradualmente, acumularam conhecimentos importantes, mas sem um formalismo que permitissem serem chamados de científicos. E cada área utilizou um conjunto de definições e nomes para explicar seus processos, compostos, etc.
O desenvolvimento de grandes teorias que permitissem explicar o comportamento mais generalizado ocorreu ao longo dos séculos XVIII e XIX, e mesmo assim diferentes áreas da química utilizaram termos diferentes para tratar do mesmo assunto (na mesma época) e mesmo diferentes sentidos para o mesmo termo. Principalmente no século XX foi possível começar a racionalizar melhor esses termos.
A medida que as teorias foram propostas, também foram propostos nomes para descrever os conceitos, etc. E os próprios conceitos foram sendo gradualmente alterados à medida que os dados experimentais permitiam a refutação de algumas teorias e proposta de outras. Além disso, a comunicação antes do séc XX era bastante ineficiente, se comparado com a rede de informações atuais. Uma refutação de uma teoria ou uma interpretação diferente podia ficar restrita a uma região do globo e demorar até décadas para ser globalmente conhecidas, quem dirá aceitas.
A discussão aqui realizada permite compreender o papel de órgão nacionais e internacionais, tais como a IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) , INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), ISO (International organization of Standardization); IUPAP(International Union of Pure and Applied Physics). E também porque suas decisões (orientações, recomendações, etc.) são sempre atualizadas.

Ligação e Interação Iônica - sinônimos?


Quando o comportamento de espécies químicas em solução é discutido, em particular para íons, o modelo em que uma "multidão enfurecida" de moléculas de água (por sua quantidade e agitação constante devido à agitação térmica - ou movimento browniano) se chocam contra uma parede de  íons de carga opostas e eventualmente um íon é retirado dessa estrutura, formando um íon solvatado em solução, uma questão semântica tem sido  recorrente:

"Os íons ligados na estrutura cristalina são interações intermoleculares ou ligações iônicas?"


Quando se tem um dilema, uma maneira de resolvê-lo é buscar as definições de cada parte do dilema. Para isso, muitas vezes é necessário encontrar o lastro histórico dessas definições, explícitas ou não.

Como descobrir a fórmula química do composto inorgânico simples, a partir somente do seu nome

Como descobrir a fórmula química do composto inorgânico simples,  a partir somente do seu nome

"...como descobrir a fórmula química do composto inorgânico simples,  a partir somente do seu nome? como por exemplo, saber que o sulfato de sódio é o Na2SO4 e não o Na2SO3? Por favor, você pode me indicar um ótimo livro que ensinasse esse tópico de modo completo? (Decorar uma lista de associação entre o nome e a respectiva formula química não é meu desejo. Quero aprender a descobrir a partir das "duas vias")"
Questão enviada por um aluno anônimo (com pequenas alterações para tornar a pergunta melhor compreendida)!


 Na verdade, a nomenclatura em química inorgânica não tem regras rígidas. Há muitas variações no comportamento de cada elemento e há muitos resquícios históricos (que não serão mudados... como o caso do carbonato, que se seguíssemos a regra do Nox, por exemplo, não teria esse nome).  Hoje eu vejo o nome desses ânions apenas como um nome, assim como uma pessoa pode ser  André Fernando ou Renata por razões que só os pais sabem realmente.


     Mas há algumas regras, como por exemplos para os ânions do tipo EOxq-, como a  Regra dos Nox (Figura 1). Mas ela não é facilmente encontrada (na verdade, foi muito, muito difícil achá-la - Mas no ano que vem ela estará em um  livro !!)  Com essa regra, pode-se dizer que Na2SO3 é o sulfito de sódio e o Na2SO4 é o sulfato de sódio. 

     O inverso, entretanto, não é fácil. Novamente, é mais fácil decorar que o sulfato é o  SO42-, assim valendo para os outros ânions mais comuns.

      Isso pois v. precisaria saber, de antemão o Nox do elemento central além da carga do íon.
Para o sulfato, é necessário saber que o Nox do enxofre é + 6 e não +5 (e isso não é fácil),
Sobre a carga do íon, usa-se a regra que ânions (sem hidrogênio), 
 * dos halogênios é sempre -1
 * dos calcogênios é sempre -2
 * dos outros elementos... :-(


  (Fonte: Oliveira, 2018 - Ed.UFV no prelo)

Há uma regra para os Nox: Se o elemento estiver em um grupo representativo par (seu nox também será par), daí v. poderia saber a fórmula química usando uma equação com o Nox, para saber o número de oxigênio... pela equação do Nox ("A soma do Nox de todos átomos é igual à carga da espécie química")

 onde 'i' é um átomo na espécie química.

 Usando o sulfato como exemplo: 
- sabendo que a carga dos ânions com enxofre (sem hidrogênio) é 2-, e o Nox(S) igual a 6, a equação do Nox do (SOx2-):


assim, x=4. Muito trabalho, não?  Até aprender tudo isso (que é até legal), quando já se decorou a fórmula do ânion.


"Decorar" o nome dos principais ânions, portanto, é mais tranquilo. A partir deles, você poderá ver um padrão em relação aos demais ânions do mesmo elemento.  
Parece frustante, não? Mas alguns tópicos são assim. Felizmente, vários outros não são e são descritos de maneira mais rigorosa.

Veja o lado bom! Antigamente necessário decorar também sobre cátions (férrico, ferroso , cuproso, etc...) e hoje usamos ferro (III), ferro(II), cobre (I), etc. o que permite facilmente dizer que em situações muito específicas há também o ferro(IV) (qual seria seu nome antigamente??? hiperférrico??)


E imagine regras para o dicromato (Cr2O72-)? tiossulfato (S2O32-)?  Melhor não, não é? 

Decorar agora parece tão simples!!

Método do Século XXI para Equilíbrio Químico em Solução Aquosa

Método do Século XXI para  Equilíbrio Químico em Solução Aquosa

Com a era da informática, foi possível fazer uma releitura do modo de ensinar (e estudar) equilíbrio químico em solução aquosa, que permanecia praticamente constante desde a década de 1920. Com essa releitura, chamado de método do Século XXI (uma vez que foi desenvolvido nesse século) é possível interpretar diversas situações experimentais (reais) e calcular, de maneira simples, inúmeros parâmetros de interesse. Assim, permite que o universo de aplicações na área de química e afins tenha sido muito ampliado. Essa releitura iniciou–se em 2000, havendo a publicação do livro Equilíbrio Químico em Soluções Orientado à Aplicação em 2009 com alguns elementos desse novo método tem avançado desde então na UFV, tanto com o conjunto de planilhas e softwares (incluindo tutorias e guia de referência), desenvolvimento de material didático (videoaulas, slides de aulas, listas de exercícios (e lista de resolução dos mesmos), dentre outros). E em breve um novo livro contendo todo a descrição completa desse novo método.